sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sobre humanos e animais! Quem somos??




Bom, umas das idéias de se dizer que os humanos são animais é que ambos tem a mesma estrutura biológica, isso falando da parte anatômica funcional, porém seriam os humanos dotados de uma inteligência racional avançada que não se contempla nos demais animais. A igreja também não aceita os humanos como animais porque os animais não tem alma, e os humanos são seres divinos, criados à imagem e semelhança de Deus.

Em termos sociológicos os humanos são humanos, pois apresentam uma série de características que os distinguem, como, a cultura, convívio em sociedade, mas há uma discussão sobre se esses humanos são assim tão avançados por que eles seriam também e ao mesmo tempo tão cruéis? Por que seriam estes tão ambiciosos, muitas vezes violentos? Por que produzem tantas guerras? Por que tentam a todo custo subjugar os outros, subjugar culturas? Então se retira a humanidade relativa aos humanos, porque o ideal sobre humanidade é que as pessoas sejam boas, caridosas, justas, honestas e desta forma se não seguem esse padrão parece que se aproximam os humanos de animais e os animais de humanos em termos ideais, de comportamento. Bom, mas aqui se pode pensar também que os animais são bons e que são inofensivos, é aonde mora um equívoco talvez fazendo analogia ao mito do bom selvagem que na literatura moderna achava-se que se encontraria na América índios desprovidos dos vícios dos civilizados, índios em estado natural, o homem bom. O que se viu depois foi que existem índios de diversas culturas diferentes, que os índios andam sem roupas, que existem peculiaridades em cada tribo que causam grande choque nos ditos “civilizados”, como mortes e rituais. E isso também num sonho romântico também aconteceu com os animais, e se viu em seguida que eles lutam pela sobrevivência. De certa forma os humanos fazem isso e fazem muito mais. Aceitar a animalidade é aceitar a parte corpórea humana, seus instintos, seus desejos, repudiar a animalidade existente é querer sem criado especial, diferente dos demais, como um atributo espiritual, então o posicionamento de humano ou animal é relativo para quem está analisando, por exemplo, para os clérigos somos evidentemente humanos (alma), para alguns intelectuais somos animais, claro que também humanos, mas essa aceitação talvez se configure mais fácil.

Então ficamos com a parte boa de ser humano e repudiamos a animalidade existente neles, assim os humanos passam a ser mais humanos quando conseguem viver em harmonia com os seus semelhantes, utilizando sua razão para o bem comum e não apenas o bem de poucos, ser mais humano é ser um pouco menos animal.
Allan Ribeiro

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